Não me segue!

 Sábado á tarde, calor, algumas horas disponíveis e a necessidade de dar uma carona até Fazenda Rio Grande. Tudo isso somado virou justificativa para riscar uma dos poucos restantes "curtinhas dos sábados", que desta vez localiza-se bem na divisa entre Tijucas do Sul e São José dos Pinhais, bola esta novamente cantada no canal do Jean Di Santi, que dava sua localização e ponto inicial. Boa parte se daria por uma estrada de chão em mal estado - razão pela qual a caminhada seria melhor iniciada na vilazinha de Taquari, onde situa-se a Capela Nossa Senhora Aparecida, e o mistério ficaria lá pelo último trecho, de pouco mais de 500 metros em linha reta, de área pela maior parte aparentemente descampada mas que poderia as vezes surpreender por alguma mata ruim e fechada, dado que aparentemente só havia um registro desse local na rede.  Um pouco adiante do começo do trajeto dou de cara com uma família á beira da estrada, que fazia um churrasco e que um deles me chamou para pergunta...

  A virada de ano em Maringá foi uma alternativa consciente para fugir dos desconfortos litorâneos e ainda aproveitar de alguma maneira os três dias de trabalho fechado. Num desses dias surgiu um convite para aproveitar a minha presença por lá para ir numa cidade mais próxima de lá do que daqui, e com diversas quedas interessantes, que dá até para chamar de famosinhas, já que são certamente pelo menos duas são algumas das mais bonitas do interior paranaense, que principalmente rumo ao norte e noroeste do estado, geralmente oferece apenas pequenas e barrentas cachoeiras.  A Chicão I e II são os pratos da casa da discreta cidade de Faxinal, que possui área urbana bem próxima da BR-376. A estrada de chão que já foi um pouco ruim no passado (já estive por lá antes mas não deu tempo de chegar ás cachoeiras) hoje é calçada de pedras e é muito simples de chegar. O topo da primeira cachoeira fica á poucos metros da estrada e seu melhor acesso parte do lado esquerdo para quem olha para...

  O pós-operatório de uma cirurgia odontológica recomendava não fazer exercícios físicos durante 7 dias, e por exercícios físicos eu li "exercícios físicos intensos" e daria para encaixar uma trilha não exploratória e com pouco desnível e de cerca de uma hora de ida. Quem montou esse roteiro foi o Jean, eu nem havia identificado essa cachoeira ainda. No carro, também nos acompanhavam o Alex, parceiro de várias outras trilhas, e a Honória, a quem eu estava conhecendo pessoalmente pela primeira vez. A viagem era um pouco mais longa que o de costume, e passava por Campo Alegre - SC, para de dentro dela pegar a "Estrada do Manso" que descia até Schroeder em condições não muito boas no começo, mas que gradualmente melhorava. O Maps indicava que ao lado da estrada passávamos por 3 ou quatro cachoeiras, bem pequenas, que realmente não justificavam sequer uma parada, e olha que esse pessoal que me acompanhava é empolgado por conhece-las. Na verdade, oque nos pegou foi a vis...

  Foi por alguma foto em redes sociais que em uma curiosa foto de paisagem com localização não marcada identifiquei a facilmente distinguível subida da Serra de São Luiz do Purunã, entre Campo Largo e Balsa Nova, sendo que eu nunca havia me atentado tanto para a altamente provável bela perspectiva que haveria ali na beira do segundo planalto. Bom, evidentemente que há outros locais como este ao decorrer desta formação que vai até Ponta Grossa, mas em geral, ela não surpreende em vista, já que dela normalmente não é avistado nada, como também há pouca diferença de altura entre a parte superior e a inferior. Mas ali é diferente, avista-se a subida da serra, como também o Morro do Cal, o centro de Campo Largo, Curitiba e a Serra do Mar, por se tratar de um ângulo distinto.  Procurando por tracklogs, o lugar ficou ainda mais interessante. Uma fenda ali destacava-se nas fotos, e parecia ser um lugar aberto ao público, ao julgar pela quantidade razoável de tracks, citação de pontos ...

  As placas que anunciam as pontes construídas sobre os rios na rodovia BR-376 são discretos portais para outras dimensões. Poucos passos á partir de uma trilha que se inicia antes da ponte sobre o Rio Imbira, logo após uma íngreme subida inicial, e o som das motos esportivas e das carretas já desapareciam abafadas pelo cenário celestial da mata atlântica contrastada com um céu azul que á tempos não dava a cara aos curitibanos. O Jean, que foi quem me fez o convite, já esperando a minha reação, logo perguntou "E aí, oque está achando?".  Já fazia tempo que ele falava de subir esse rio. Ele já esteve ali outras vezes, assim como em afluentes dele, mas dessa vez era para ver oque o Imbira escondia mais acima. Algumas bifurcações de trilhas bem abertas, uma delas que segundo ele era um caminho colonial que seguia até a Serra do Piraí acima, e tomamos um caminho que se aproximava do rio, até que em certo ponto a trilha praticamente sumia, e era tomada por uma vegetação dócil e de...

 Na mais recente imagem de satélite revelou-se oque parecia ser uma sequência de ao mínimo duas cachoeiras bem abaixo da ponte do Rio Pontal na BR-376, oque seria interessante conhecer num sábado á tarde. As condições climáticas ruins seguem sendo a previsão no sul do Brasil, sobrando dias frios e nublado como a única opção de sair um pouco. Há dois locais bons para para o carro antes da ponte do Rio Pontal indo sentido Garuva, estando a segunda poucos metros antes dela. Uma rápida olhada já foi suficiente para confirmar a suspeita de que não havia como descer ali para baixo. Mas da estreita "passarela" da ponte foi possível observar que ela não se trata exatamente de uma cachoeira, mas de uma corredeira um tanto vertical, que somado ao grande volume de água, se tornava interessante de ser observada, se não fosse o desconforto da passagem dos caminhões tão próximos dali. Atravessei a rodovia até o lado oposto onde há uma canaleta de água que desce do barranco e leva a água da...

 Passar mais de uma semana inteira acima dos 30º em pleno inverno, e com novembro - quando normalmente declararia encerrada a temporada de montanha - já bem claro no horizonte, acaba me convencendo á virar a chave e passar o tempo ocioso dos domingos com aventuras mais adequadas á estação que resolveu chegar antes que a carroça.  Parto cedo rumo á Morretes, e sou o segundo das vagas na rua perto do IAP á estacionar. Assim, o dia já começa bom. Ir para o Salto dos Macacos é uma experiência que há tempos tenho interesse em repetir, tanto porque foi uma das primeiras trilhas que fiz por aqui, não bem um dos primeiros, mas definitivamente o primeiro para uma queda de água. O Salto dos Macacos não é qualquer lugar, quem o conhece, sabe todos os motivos pelo qual o lugar é realmente diferenciado. Embora, claro, demasiadamente mal frequentado. Seria até pedir demais se não fosse.  A trilha é como eu me lembrava. Com o solo já acostumado á constante encharque dos calçados que por...

 Diante da proeminência das principais serras na RMC, os morros entre Campo Largo em Tunas do Paraná acabam nem sendo notados pelos montanhistas. Quase nada representam em desafio, mas são uma opção para quem busca sempre estar em novos lugares sem ir muito longe.  Tenho os finais de sábado disponíveis para alguns ataques rápidos, e essa foi a primeira que fui na direção de Itaperuçu para começar a colocar o cardio em dia novamente. O primeiro objetivo foi o Morro Azul ainda território de Almirante Tamandaré, um dos mais ignorados, tanto por não ter vista no cume, tanto por não se destacar quando visto. Foi possível chegar de carro até a última casa da rua Manoel de Souza Vaz, e para além desse ponto, ele não conseguiria ir adiante, e nem poderia, já que ao contrário do que mostra o Maps, ele deixa de ser rua em certo ponto, tornando-se uma trilha 350 metros antes do cume. Eu não cheguei a ver o estado de acesso pelo outro lado, das estradas sinuosas vindas da Rua Francisco de...

 Na primeira vez que eu fui até o Capivari IV, chamou-me a atenção morros que estavam próximos de uma crista que descia do Capivari Mirim (e que utilizei para uma ascensão dele este ano), e o último dele estava já próximo da crista do Capivari V/IV. Na época, pensei que uma futura ida até eles seria interessante partindo do cume do Mirim, posteriormente cogitei acessa-los pela trilha até o Capivari V que parte de próximo da rodovia, mas após utilizar o Rio Capoeira para chegar até a cachoeira maior deste rio, localizada já bem próximo do cume do primeiro morro, resolvi que seria por ali o meu trajeto, cogitando apenas em último caso, utilizar da trilha do Capivari V após chegar ao último dos morros á princípio sem nomes.  Após uma semana emocionalmente perturbada, e uns ataques á morros no final de sábado em Itaperuçu, era quase zero a disposição de uma empreitada solo dessa. Mas dei uma chance de chegar lá e subir considerando largar tudo caso me visse fora de energia para is...