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Mostrando postagens de julho, 2021

Castelo dos Bugres

 O Castelo dos Bugres é o Pão de Loth de Joinville - próximo, fácil e acessível, é uma opção para uma trilha com um belo visual e sem demandar muito tempo e esforço. O local era supostamente povoado por uma comunidade indígena chamada pela população de Bugres, que teria dado origem ao nome do aglomerado de rochas.  Era Agosto de 2019 e eu já havia deixado de faze-la em uma longa viagem até o Rio Grande do Sul que envolveu mais paradas, mas que as condições do clima no dia não prometiam cume aberto. Convidei a namorada e amigos e fomos lá para uma trilha em um dia muito - mas muito frio mesmo, á ponto de fazer a trilha bem agasalhado e não ficar muito tempo congelando em seu cume. No começo da trilha, uma bifurcação marcada leva á uma pequena queda de água, bem próxima á trilha principal. Após alguns bons atoleiros e algumas passagens de pequenos rios através de pedras ou de troncos, começa uma subida discreta que não chega á cansar. Em um pouco mais de uma hora se chega ao tal...

Pedra Queimada

  A parte teórica de conhecer os morros e montanhas, á princípio paranaenses, na frente do monitor antes da presença em campo já pareceu concluída muitas vezes até aparecer algo que cria uma necessidade inesperada e empolgante de ascensão. A comunidade montanhista que busca esse tipo de local mais específico conhece, mas é notável que é um pico mais discreto, tão discreto que passou á ser despercebido por muitos anos. Quando alguém publicou em um grupo de trilhas paranaenses uma paisagem que parecia ser a Baía de Paranaguá, a BR 277, e uma pessoa subindo uma rocha com uma corda fixa, não fui o único á ir perguntar qual seria o local.  No Wikiloc, onde o Pilão de Pedra e o Pico X ficram repletas de novas marcações durante os primeiros meses da pandemia e deixaram de ser locais reservados á alguns montanhistas mais devotos destes santuários (e com razão), o mesmo não se refletia na Pedra Queimada, que na minha vez, não possuía nenhuma marcação clara, já que estavam incompletos e...

Caminho do Itupava

 Um indivíduo está sujeito á se tornar um fiel frequentador do mato paranaense ao menor contato físico com os cartões postais da nossa região. É como nas drogas, ninguém começa no crack, vem primeiro o melhoral infantil, o cheiro de alcool no papel do mimeógrafo na escola, e quando você vê você está se prostituindo para comer x-burguer.  O Caminho do Itupava foi a minha primeira trilha na Serra do Mar Paranaense, uma região que eu menosprezava ao ouvir falar de sua natureza. Após ter viajado ao Rio de Janeiro duas vezes com intuitos de começar o montanhismo, uma falta de perspectiva me cegava ao fato de que no quintal de casa estava simplesmente uma das maiores abundâncias de experiências ou pelo menos a com maior relevância histórica e comunidade ativa do Brasil neste âmbito. Realiza-la foi a porta de entrada para um vício mais caro que dormir até tarde no domingo e mais barata que sessões semanais com um psicólogo.  Muitos anos atrás em um período um tanto mais atlético...