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Morro Pirizal, Perdidos e Cachoeira

 Subi o Morro dos Perdidos apenas em 2019, antes de um longo período em que esteve fechado para reestruturação. Naquele dia, o acesso por meio de veículo até próximo ao cume era difícil, o com o veículo que eu possuía na época, certamente não seria uma boa ideia. Após uma 5km de uma subida considerável no sol, e á pouco tempo adaptando o corpo ás trilhas paranaenses, chegar no topo e ter a maior parte da visão encoberta pelas nuvens foi um um tanto frustrante. Poder vê-lo amplamente, rever a bela cachoeira que há em seu caminho e acessar um cume além dele, desta vez chegando com o carro até próximo ao cume após a reforma, formava uma série de motivos para revisita-lo, sendo um dos poucos objetivos principais de temporada de montanha que faltam.
 A previsão teria que ser boa em Garuva para fazer valer a pena, e a quinta-feira de Corpus-Christi caia como uma luva. Agendada sem qualquer dificuldade na quarta-feira (tem que ser agendado até as quintas-feiras para acessar durante o final de semana) ao custo de R$ 25, parti não tão cedo quanto as últimas trilhas por não haver tal necessidade. Da entrada até o limite de aproximação com o carro não foi mais que 5 minutos para chegar, e a estrada é boa para qualquer veículo normal. Dali a inclinação é torna os 1300 metros restantes um pouco cansativo para um corpo que acaba de sair da inércia, mas a vista é recompensadora. O Morro dos Perdidos tem um visual muito bacana, principalmente em direção ao Pedra Branca do Araraquara, como também o ângulo diferente que se tem do Araçatuba. Dali distingue-se facilmente o objetivo, o Morro Pirizal.
 Visto pelas últimas imagens de satélite disponíveis e datadas de 2021, percebe-se que partindo do cume do Perdidos há um traçado que passa por um tipo de braço descampado do Perdidos e que gradualmente vai desaparecendo. Sei que este trecho possui uma bela vista, embora acabei não passando por ela. Os tracklogs disponíveis são diretos e descem direto até os pontos de passagem mais cômodos após o maior trecho de descida. Trilha bem pisada e fácil de prosseguir. É próximo á um riacho que o percurso por satélite torna-se aparente novamente. Levei uma hora para chegar ao começo da subida do Pirizal, onde por um trecho antes de chegar ao riacho que passa por sua base é que não encontrei qualquer sinal de trilha e resolvi ir cortando pela mata. Vendo melhor por satélite, e considerando a maneira como a trilha até o cume era bem aberta, é possível que ela estivesse um pouco mais á minha direita e eu não tivesse percebido.
 De mata e árvores pequenas e secas, não era tão cansativo prosseguir o trecho necessário até encontrar a trilha correta, dali em diante simples de se percorrer. Em cerca de 1:40h após deixar o carro, estava no cume do Pirizal, mas como ele é um morro extenso e o cume fica um pouco distante da extremidade, caminhei adiante na trilha que segue até chegar em um sub-cume mais afastando, com algumas rochas e uma melhor visão da direção de Garuva. 
 Após retornar ao carro, o próximo destino era aproveitar o calor e rever a Cachoeira dos Perdidos, e sua queda superior. A trilha é curta e chega-se até a cachoeira principal em menos de 10 minutos. A trilha segue pela lateral esquerda até uma sequência de quedas acima, e até um mirante que fica no meio do rio, que forma uma barragem natural.