Com a pandemia consolidada como passado, oque se tornaram áreas de escape fora do parques estaduais voltaram ao segundo plano. Foi antes daqueles tempos que quando visto do Morro do Cal, esta família de pequenos morros chamou muito a atenção, quando havia um ou outro tracklog indicando a trilha. Voltando para lá numa tarde de sábado nublada, com o intuito de alcançar os outros dois irmãos que moram em ambos os lados do cume maior e central, notei algumas mudanças logo na chegada. A casa de madeira que foi construída no começo da trilha naquela época parece estar sem morador. A trilha que existia até oque parece ser uma pequena extração de madeira virou praticamente uma rua, que se eu soubesse teria encurtado a mesmo curta caminhada até aquele trecho, talvez consolidando de vez o morro como o mais curto e rápido da região, mas que apesar disso, fornece um visual agradável, boa parte na aproximação do cume principal, e também pelo seu visual na direção de Itaperuçu.
Mas naquele ponto mais aberto, onde a trilha de fato começa a subir e onde agora se tornou um ponto de estacionamento, é que veio minha estranheza. Anteriormente, partia dali também uma outra trilha, além desta utilizada desta vez, que utiliza-se de uma inclinada crista, e que esta por sua vez começava mais pro canto esquerdo, e era em sua maior parte encoberta. Foi a que eu utilizei nas outras duas vezes, e me causara grande estranheza não encontrar nenhum vestígio dela ali, ao menos não nos primeiros metros, onde inúmeras árvores foram derrubadas, e onde a vegetação tomou conta de um começo que era por si própria um tanto inclinada e fechada. Minha procura por ela se dava pelo fato de que ela seria a melhor forma de alcançar o "irmão da esquerda", em que por imagens de satélite se tem a impressão da existência de uma clareira na extremidade do seu cume.
Resolvi então seguir pela tal trilha principal, a qual nas duas vindas anteriores eu suspeitei de sua existência apenas por perceber a bifurcação lá para cima. O caminho evidentemente é curto, e portanto ingreme, forçando as panturrilhas á trabalharem bem antes de se aquecerem. Estranhei a presença de uma corda feita aparentemente de fio PP, sem nós, que a princípio até pensamos ser um cabo de rede. Mas principalmente na volta esta corda foi uma mão na roda para a descida.
Ao chegar nas áreas de vegetação mais baixa, enxergamos o irmão da esquerda e seu cume, onde passei a suspeitar que a suposta clareira na verdade pudesse ser de origem natural, apenas uma área com mais pedras abaixo e um tanto longe do cume, onde por conta disso não cresceu vegetação. Mas o plano seguia de tomar este rumo na volta.
Chegamos ao cume maior, onde estão situadas as antenas, e após algumas filmagens, seguimos para o próximo cume, o "irmão da direita", que eu ainda não conhecia. A trilha estava bem aberta e é feito sem quase qualquer dificuldade, apenas em certos pontos beira-se um pouco um penhasco, sem tanto risco, e o trecho final de subida é evidentemente ingreme, mas ainda não se trata de muito mais que cinco minutos desde o cume maior. O cume deste decepciona no visual, mais coberto, e seguimos até a sua extremidade mais adiante para melhorar.
Ao retornarmos rapidamente até a trilha de descida do morro maior, passei a procurar o desfecho de cima da trilha antiga. Quase não havia sinais, deixando inclusive a impressão de que o morro talvez tivesse pegado fogo, a trilha da crista se mantido, e a antiga coberta pela nova vegetação. Até seguiria adiante, sabendo que não havia qualquer dificuldade em seguir vale abaixo, e que lá as coisas também não seriam complicadas. Mas meu colega demonstrou desinteresse, e de fato chegaríamos no cume a noite. Toquei morro abaixo, com a expectativa de talvez juntar este restante com uma trilha circular que inclua também o morro da pedreira próximo.












