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Cachoeira Kananga - Tijucas do Sul



 Quando se trata de lugares pouco frequentados, mesmo os percursos que poderíamos jurar que não devem possuir nenhuma forma de dificuldade acabam nos surpreendendo. Na minha visita à cachoeira Kananga, levou uns 5 minutos pra estar atolado até acima dos joelhos num barro, quase deixando a bota do pé esquerdo no sub-solo. 

  Seis minutos após sair da BR-376, após uma guinada á esquerda e uma bifurcação da mesma forma, uma área á beira da estradinha, logo após uma antiga casa de madeira, fornece um bom lugar para parar o carro, aparentemente seguro. Dali partiu a caminhada, mas não imaginei que pouquíssimos metros separassem caminhos tão distintos. Já fica a dica: Se você pretende acessar esta cachoeira, preste atenção no começo. Se você caminhar até chegar á uma área pertencente á Sanepar, então retorne ao começo, e procure uma trilha mais á esquerda. Esta outra seguirá o mesmo percurso observado no Google maps, que leva mais diretamente ao destino. Este caminho correto te levará ao destino em cerca de 2km sem qualquer dificuldade, como pude fazer na volta. Na ida, por desconhecer este macete do começo, acabei sendo levado a fazer o caminho mais longo, e depois ainda acabei escolhendo "o caminho com emoção", que ao contrário do que parece, definitivamente não vale a pena.

 Neste caminho da Sanepar, chega-se á um trecho onde a trilha desabou, obrigando-me a contornar pela direita. Neste ponto é onde me ocorreu o infortúnio do barro. Dali em diante, esta antiga trilha segue, após muitas teias de aranhas com suas respectivas donas, até uma estradinha de acesso á uma casa na parte mais alta, vista anteriormente da trilha. Outro motivo que me fez achar que este se tratava do caminho correto, era ter ouvido falar algo referente aos donos desta área - que pensei que talvez fossem os moradores dessa casa - permitiriam acesso sem problemas. Mas ao chegar, as casas estavam abandonadas e já um tanto depredadas.

 Vi no maps que se eu tomasse a segunda entrada para a direita após a casa, eu poderia reduzir uma distância considerável do trajeto, desde que ao final desse trecho eu fizesse um corte pela mata até chegar ao outro trecho de estrada, e consequentemente, na cachoeira. Porém, na ocasião sem perneira e facão, repleto de teias e pernilongos, este trecho de ligação acabou sendo ruim de ser feito, mas preferi por fazê-lo do que retornar pouco menos de 1km até a casa abandonada. Ao chegar a beira da trilha de baixo, estava em cima de um ingrime barranco, de cerca de mais de 4 metros de altura. Na teimosia, consegui traçar uma maneira de alcançar a parte de baixo em segurança, mas não indico a execução deste percurso dessa maneira.

 Já á um bom tempo era possível ouvir bem a cachoeira desde lá de cima, e ela estava bem próxima da descida. A cachoeira é bacana, mas nada excepcional. No retorno optei por seguir o outro caminho, bem mais aberto e tranquilo, e não demorou muito até eu chegar á uma bifurcação que o maps indicava ser a trilha "direta" que eu deveria ter encontrado no começo. Seu início parecia ser muito aberto para fechar muito adiante, eu queria ver onde ela de fato se encerrava, e ainda reduziria consideravelmente o trajeto. Este foi fácil, exceto pelo último infortúnio, quase no final da trilha, quando queimei a perna com uma taturana verde. Ida e volta feita em uma hora e meia, mas que se feita pelo caminho da volta, poderia ser feita em até meia hora, em bom ritmo.