Um colega de trilhas surgiu de última hora e acabou topando me acompanhar neste trajeto incomum. Pouco após passar pela praça de pedágio da BR-277, até então ainda desativada, estacionei em um espaço ás margens da rodovia, cerca de 450 metros antes da estrada de manutenção que dá acesso á trilha. O clima estava péssimo, com forte neblina e uma chuva fina, mas do tipo que não se tornaria pior. O tempo era curto e sob medida para o objetivo, e após 1km andando pela estrada de manutenção, chega-se ao oleoduto visível por satélite - o mesmo onde mais abaixo se inicia a trilha para o Salto da Fortuna. Segue-o á direita descendo por cima do oleoduto, e após pouco mais de 150 metros chega-se á algumas valas de escoamento de água á direita, onde um destes, o maior, passa á formar a trilha logo adiante. Neste trecho ainda não é possível ver partes do calçamento, mas logo identifica-se, assim como citado no artigo do blog Caminho do Arraial, o aparente nivelamento do percurso, sendo feito sempre costeando barrancos, e com sinais de que trabalhos para escoamento de água foram feitos em alguns trechos, Após pouco mais de 300 metros chega-se a torres de fios de transmissão. Até este ponto, o percurso estava com uma vegetação um pouco fechada, embora o caminho ainda fosse bastante evidente. Após entrar em área coberta novamente, a trilha segue bem larga e aberta, mas logo se aproxima de um bananal onde é um dos trechos onde mais o tracklog acaba sendo útil para identificar logo o caminho correto, já que o terreno e o bananal formam uma rede de outros caminhos. O caminho correto desce um trecho um pouco mais inclinado e escorregadio e logo retorna á trilha que passa á ser apenas um pouco mais estreita que antes. É neste trecho em diante que aparecem os principais restos visíveis do calçamento original, hora em pouca quantidade, hora formando degraus. Em nenhuma parte ele é tão visível como o trecho bem preservado existente na trilha para o Salto da Fortuna, nosso ponto final neste dia. Não pude mostrar ao meu colega este trecho mais exposto, visto que já estava praticamente escuro, e não sabia se o caminho estaria para a direita ou para a esquerda (em casa, mais tarde, vi que ele estaria para a direita, ou seja, retornando para o ponto de início da trilha do Salto da Fortuna), e logo começamos o caminho de volta. Como citado no blog do Jean Di Santi, este trecho logo antes de se ligar á trilha do Salto da Fortuna não é propriamente do Caminho do Arraial, pois o correto seguiria mais a direita, caminho que acabou sendo soterrado, e após passar pelo curto segmento bem preservado da trilha do Fortuna, é possível seguir o caminho pelo trecho restante até chegar novamente no óleoduto, já não tão distante. Pelas condições de frio, chuva fina e começo da noite, acabamos não seguindo o restante do caminho, até por já estarmos satisfeitos por já termos chegado aos resquícios já tão apagados de uma estrada tão importante e pioneira, esquecida, apagada ou coberta em sua maior parte. O blog citado também palpita o trecho por onde o trajeto pode continuar acima do oleoduto, embora não duvido que este restante do calçamento deve estar coberto pelo solo, e mais acima o restante foi usado para compor o caminho da BR-277, e depois para as áreas rurais de São José dos Pinhais, onde o restante do caminho era feito por onde hoje são estradas e propriedades particulares.











