O convite vem durante a semana para conhecer algumas das cachoeiras do Rio da Serra, território de Morretes e localizadas no começo da descida da serra sentido Paranaguá, próximo do Caminho do Arraial. A previsão do tempo melhora e reforça de que os dias de frio em pleno novembro estão acabando.
Antes de partir, tentei identificar o rio por cartas topográficas e mapas, enquanto ainda sequer desconfiava onde qual ele poderia ser, pois não havia nenhum com esse nome, embora havia uma vaga lembrança de já ter visto uma placa na rodovia com este nome. Nos vídeos do Youtube com as cachoeiras deste rio, a localização marcada nos vídeos, se correta, canta a bola: Parque Estadual do Pau Oco, onde situa-se o Salto da Fortuna. Mais uma fuxicada e encontro na primeira postagem do blog Caminho do Arraial, onde o mapa elaborado para exibir o trajeto do próprio caminho mostrava também o traçado do Rio da Serra, e no Earth, localizei as cachoeiras, como também, mais á esquerda, a Cachoeira do Afluente do Rio da Serra, o principal objetivo da viagem.
Na companhia do cachoeirista Jean, paramos o carro na frente da última propriedade antes do início da trilha, no lado oposto da rodovia. O caseiro cedeu o espaço e já que ficaria ali o dia todo, garantiria o mínimo de segurança. Curioso, quis saber mais sobre as cachoeiras que visitaríamos, e mostramos á ele as imagens na volta.
Uma estrada de servidão leva até o oleoduto, 2.2km acima da portaria do Parque. O mato acima do oleoduto havia sido roçado recentemente, e rapidamente chegamos ao rio logo abaixo, cerca de 200 metros á esquerda. Logo ali já era possível acessar a parte de cima da Cachoeira 1, com uma poço grande mas nada profundo e uma linda queda de água, para começar bem o dia. Mas a caminhada rumo ao afluente começa ao subir um pouco mais o oleoduto, por onde logo encontramos uma picada boa e recente. Após cerca de 20 minutos estávamos na Cachoeira 2, que é uma sequencia de quedas, no dia com ótimo volume de água, e que formam grandes panelões.
Voltamos á margem esquerda do rio, agora começando á se distanciar da curva que ele forma, e indo em direção da Cachoeira do Afluente. O mato era relativamente aberto, e tirando partes com algumas grandes árvores caídas, não tínhamos grande dificuldade em prosseguir. Chegamos no afluente, mas abaixo do objetivo, e em frente á um grande paredão de pedra. Retornamos um pouco e subimos o afluente pela lateral esquerda, e enxergamos logo acima uma grande queda de água por entre as árvores. Era o nosso destino, e ao chegar, fiquei silenciosamente extasiado pela conquista, não muito difícil nem grandiosa, mas agradável, ainda mais quando o céu deu brecha para o sol iluminar a alta cachoeira.
Após uma longa parada, retornamos ao Rio da Serra, agora com a intenção do Jean me apresentar melhor ás cachoeiras até aquele ponto. Fomos na parte debaixo e na mais acima da 3, onde forma-se um grande poço ótimo para banho, e na 2, uma cachoeira dupla, onde forma-se um poço melhor ainda. Abaixo da 2, também há uma outra queda, mas que acaba considerando-se, á princípio, como pertencente á 2. A partir da sua parte superior, alcançada pelo mato mais fechado da lateral esquerda, caminhamos pelo rio até chegar na parte inferior da 1, onde descasamos mais uma vez para o final da atividade. Dali partimos, encerrando mais uma boa experiência exploratória, mais curta que a grande maioria das trilhas deste ano, mas bastante satisfatória.
























