Cachoeira do Juvenal e Penúltima acima - Joinville
A região do Quiriri em Joinville, á direita da BR-101 para quem vai sentido sul, possui grandes e populares cachoeiras, como a do Rio Baroza, do Quiriri e a do Juvenal. A última pertence ao Rio Serraria, e requer permissão prévia para acessar o local. Meu colega Jean adiantou a permissão, estendendo-a para tentar chegar até a última cachoeira visível por satélite, adiante da do Juvenal e das outras mais acima que possuem nomes, como a "Dupla do Juvenal" e a "Do Céu". O proprietário nos informou que pouquíssimos grupos já chegaram até a final, pela dificuldade que encontraram para descer o buraco onde situa-se a cachoeira, alguns com o auxílio de cordas. A estimativa feita pelo Jean consistia em chegar até a do Juvenal, localizada cerca de 15 minutos após o início da trilha, e em seguida caminhar em direção á leve crista localizada á direita do rio. Quase todo este percurso possuía uma trilha bem aberta, que hora aproximava-se, hora afastava-se consideravelmente do rio, aproximando-se da "Cachoeira Seca", localizada pouco mais ao norte. Alinhando-se com a direção da cachoeira final, a trilha desaparecia e sobrava trechos mais delicados para se ultrapassar. As chuvas recentes, o solo frágil e acidentado, como um tanto fechado, dificultava a chegada ao rio, onde desceríamos um pouco antes da localização da final. Ao chegar no rio, nos demos conta de que chegar até ela por baixo não seria possível, pois os paredões erguiam-se verticalmente daquele ponto adiante, formando muralhas desde bem acima, de ambos os lados. Exaustos, percebemos que a melhor forma de chegar até ela, seria continuar subindo ao invés de seguir em direção ao rio, para procurar formas de descer quando já á poucos metros da cachoeira. Mas do lugar onde estávamos, era possível ver uma chamativa cachoeira pouco mais acima da nossa posição. Para chegar, seria necessário um trepa-pedra rio acima, por alguns trechos de considerável vazão, mas que não superavam o maior risco: O de uma cabeça de água surpreender e nos varrer violentamente daquela fenda. Então, já que se tratavam de poucos metros, a ideia era ir e voltar sem perder muito tempo, e sempre atentos. Ao chegar na cachoeira, ela revelou-se incrível, e com um longo e profundo poço esverdeado aos seus pés. Resolvemos aproveitar as cachoeiras acima do Juvenal no retorno, apesar do cansaço atípico do Jean, que já sofreu no estranho mormaço matinal que nos surpreendeu mais cedo. O caminho para a Dupla do Juvenal inicia-se pouco antes de quando chega-se na do Juvenal, em um discreto - mas aberto - caminho á esquerda do rio. Nos surpreendemos pela subida que o caminho nos obrigou á fazer, para que de repente surgissem dúvidas sobre como chegar na cachoeira, já que cheguemos á uma bifurcação onde tornou quase toda a nossa subida desnecessária. É uma área onde as trilhas estão "sinalizadas ao contrário" pois não indicam muito bem como chegar até o local. Subimos o rio por um breve tempo até chegar á Dupla do Juvenal, que não surpreendeu tanto quanto as anteriores. Missão fracassada seria um exagero para esta investida, pois o reconhecimento foi crucial para uma segunda ida bem executada. Mas prevejo que darei foco ás demais cachoeiras desta região antes de dedicar uma viagem á esta misteriosa "Última do Rio Serraria"
Cachoeira do Juvenal
Cascata á beira da trilha
Ponto do rio onde chegamos, após o vara mato
Após encontrara a que consideramos "Penúltima do Rio Serraria"