
Finalzinho de temporada de montanha de 2022 complicada - sendo obrigado á ver dias de semana de sol e fins de semana que quando não estão chuvosos nas previsões, tornam-se chuvosos pessoalmente. Foi oque me tirou mais uma vez o simples ato de conhecer a Pedra da Bigorna, ponto próximo ao cume do Capivari Grande, e estando lá, o tal erro de previsão me obrigou á fazer a ida valer a pena para algo, naquele finalzinho de sábado á tarde, após o trabalho. Lá eu lembrei que dentre os vídeos do montanhista cachoeirista fotografista e blogueirista Jean, havia uma cascata ali para dentro do bairro daquele bairro chamado Jaguatirica, além do Morro da Pedreira e "atrás" de uma das cristas que leva (mas não gentilmente) até um pouco além das Antenas do Capivari Grande. A localização da cascata e seu discretíssimo início de trilha estavam de bandeja e lá fui, antes que a chuva caísse de vez. Parei o carro aproximadamente 700 metros antes do objetivo em uma curva já na estrada de chão, temendo um terreno talvez muito acidentado ou sem melhores locais para parar, que se mostrou o caso cerca de 200 metros antes da entrada da trilha. Tal entrada era bem discreta e com sinais de que tentaram fingir que não se tratava de uma entrada. Após alguns metros mais fechados, a trilha abre tanto que até parece que o local é amplamente conhecido e divulgado. Após menos de 5 minutos, chega-se até a bela cascata.

Na volta a chuva desceu com força e ao se aproximar de Quatro Barras ela ficou para trás. Ali eu havia dois pontos para dar uma passada, sendo que um era um sítio arqueológico próximo da Rodovia Régis Bittencourt, onde haveriam algumas poucas e pequenas estruturas subterrâneas feitas por grupos humanos no período pré-colonial, mas que já pelas poucas fotos existentes na rede, já dava para ter ideia de que ainda que tivesse sobrado alguma coisa, seria ainda talvez já beirando a inacessibilidade ou até a inexistência. Mas chegando ao local e me deparando com um estranho grupo possivelmente consumindo drogas, não me pareceu uma boa ideia ficar. Então levantei os olhos para a Serra da Baitaca e fui para o "Plano C", indo para dar uma passada numa tal Cachoeira da Samambaia, que como o nome sugere, fica próxima da base por onde uma trilha leva até este sub-cume do Anhangava. Iniciei a caminhada ao final da Rua Anhangava (não na rua do Anhangava) e ao usar a trilha que leva até a estradinha de chão em que cruza o campo de pouso de Asa Delta, virei para a esquerda em direção á cachoeira. O Osmand, aplicativo que costumo usar quando não possuo o tracklog do local em questão que preciso e basicamente uso o bando de dados do OpenStreetMaps, dizia que a trilha para a cachoeira começaria mais adiante de uma entrada chamativa e de onde vinha claramente o som não apenas de um rio, mas de uma queda de água. Imaginei que como já ocorreu uma vez, este aplicativo estivesse com uma informação imprecisa, e ao tomar este caminho, rapidamente cheguei a uma pequena e bonita queda, ao qual imaginei ser a tal, já que o sinal de celular, embora presente, não permitia acessar alguma imagem da cachoeira para confirmar. Na dúvida, fui mais para baixo na estrada de chão, e ali estava definitivamente a trilha, bem aberta e que leva até a pequena cachoeira. Além de eu ter achado a cachoeira desconhecida anterior mais bonita, esta estava completamente repleta de oferendas religiosas bastante generosas, que trazia uma aparência ao ambiente e sobretudo um cheiro incomum e que traziam assim um desconforto.
Hora de voltar para casa, decidido á ter qualquer forma de objetivo em montanha apenas quando a previsão oferecer mais que uma janela aleatória de otimismo.











