Fora da Serra do Mar, não são muitos os morros e montanhas populares nos demais municípios. Dá para citar o Morro do Cal, Araçatuba... Mas logo a partir disso já se tornam nomes um pouco mais específicos. Nesse meio termo está o Morro da Lorena, mais conhecido entre os moradores de Rio Branco do Sul, Bocaiúva do Sul e Itaperuçu. Para chegar até o começo da trilha, são 30 minutos de estrada de chão, daquele tipo que em dias secos vai sujar o seu veículo para valer. O Google Maps, como muitas vezes, mostra o caminho errado para acessar o morro, pois a entrada correta está ao noroeste do morro. Para identificar o caminho certo, basta ver as imagens por satélite que mostram o traçado da trilha mais fino, diferente das estradas de chão que partem ou de propriedades particulares ou de plantações de pinus, e que na sua metade passa a ter um traçado em formato de zig-zag. A beira desta estrada, existe uma discreta plaquinha apontando para o morro, com seu nome. O veículo pode ser deixado ali no mais canto possível, ou pode se seguir adiante e perguntar na propriedade mais a frente se é possível deixar o veículo lá. Já vale lembrar que é um morro em que se fica exposto ao sol o tempo todo, então um protetor solar, ou camisas de manga longa e chapéus, são indispensáveis. Ao chegar na placa, é necessário passar pelo meio da cerca, e ir contornando o pequeno cume á frente pela direita, mas logo procurar ir acima. Neste ponto, torna-se muito importante o uso de um tracklog (assim como qualquer outra trilha, claro) para identificar corretamente o trajeto. O local possui bois soltos e por isso está repleto de caminhos, e se você passar a seguir o caminho incorreto, logo perceberá que aquilo que parece descampado na verdade é intransponível sem muito esforço. Caso seja o seu caso, e pela súbita falha dos meus arquivos acabou sendo o meu, retorne mais em direção de onde veio e procure novamente a trilha para subir no primeiro cume. Dali em diante o caminho torna-se mais evidente e único, e logo chega-se ao trecho de zig-zague, onde as trilha curiosamente passa a se dividir em duas nesse trecho. A subida é um pouco exigente, ainda mais por conta do sol constante. Chega-se á um sub-cume pouco abaixo do cume verdadeiro, onde existem algumas antenas. Dali basta recuperar o fôlego e seguir adiante, e no cume existe uma cruz e um altar feito utilizando um motor. Uma cerca separa o fim da trilha do fim da estrada de chão que chega das plantações de pinus. De lá, é possível ver um pouco da cidade de Curitiba e de Rio Branco do Sul, como também uma visão panorâmica dos morros ao redor, como o vizinho Morro do Feijão, o Maior da Serra de Santana e o Vaca Preta. No fundo também é possível ver a Serra da Bocaína, o Ibitiraquire, e se o dia estiver limpo, as demais serras ao redor da capital. A subida ao Morro da Lorena como sempre varia muito do ritmo da subida, mas deve variar entre 1 á 2 horas em média.

No mesmo dia mais cedo, aproveitando o trajeto, passei no discreto Morro Sumidouro, também conhecido pelo Oratório Nossa Senhora de Lourdes, bem próximo ao centro de Almirante Tamandaré. Acessada pela estrada Tamandaré-Colombo via trilha, ou também por uma estrada de chão pela rua Manoel de França Costa (mas esta em condições desconhecidas), o morro possui uma trilha bem visível por satélite, e que parte de dois trechos separados da via Tamandaré-Colombo. Uma sobe diretamente para o Oratório, e outra para o ponto mais alto, o Morro do Sumidouro, local muito utilizado para down-hill e motocross. Do cume de ambas é possível ver diversas cidades ao redor, incluindo boa parte do norte de Curitiba. Os dois cumes se acessam e a subida para qualquer um deles, a partir da rodovia, leva cerca de 10 minutos.