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Salto Parati e Salto do Tigre

  O Salto Parati pode ser acessado de duas formas: Uma é por barco que fazem o trajeto pela Baía de Guaratuba, partindo geralmente de Caiobá, e que costuma ter um valor elevado, que segundo relatos é cerca de R$ 50 por pessoa na embarcação. A forma mais tradicional é uma trilha de quase 7km sem quase nenhuma variação de altitude, que costuma ser realizada entre uma a duas horas. Ela se inicia por uma estrada de chão que sai da PR 508 e após 700 metros uma visível estrada á esquerda é basicamente o começo da trilha. Do outro lado da entrada dessa estrada de chão, na rodovia, há uma propriedade em que é cobrado o estacionamento, mas também é possível deixar o carro estacionado ao longo dessa estrada de chão de 700 metros ou próximo da própria entrada da trilha, mas obviamente deixando o veículo exposto á um baixo, mas existente risco. A estrada logo se fecha e é tomada por uma bela vegetação que saúda ao visitante e lhe prepara para a longa caminhada, que no meu caso solitário, só não foi tediosa pela constante mudança de cenários um tanto atípicos em trilhas de montanha paranaense. A trilha alterna-se entre áreas cobertas e descobertas, e ao que se aproxima da cachoeira, casas vão aparecendo e evidenciando que ali alguns tomaram como um lar distinto e sagrado que não se vê muito. O interesse externo fez esses moradores explorarem positivamente a circulação de pessoas, deixando bem evidente o restante do caminho e possuindo um discreto comércio local. O Salto Parati é com certeza um dos mais agradáveis das quedas de água da região, possuindo água muito transparente e com pequenos peixes, extensa área para banho e nenhuma reputação de acidentes referentes á afogamentos, já que não possui um poço profundo. Não possuía lixo, com certeza um cuidado da comunidade que ali mora e preserva. Na bifurcação em que se chega á ele tomando o caminho á direita, o caminho á esquerda leva á sua parte superior, onde não existe diretamente nenhuma outra queda ou área para mergulho, mas permite uma maior exploração da área. Certamente um local que compensa muito a visita.



















                      



                      

















Morro Cabaraquara, visto durante a volta

 Para aproveitar o resto do dia, resolvo ir á próxima cachoeira disponível acessada na mesma rodovia, á apenas dois minutos de carro da estrada do local anterior. O Salto do Tigre é outro lugar bastante conhecido e este mais frequentado, não pela sua beleza, certamente de menos destaque que o Salto Parati, mas pela sua trilha menor, que leva em torno de 30 á 50 minutos, e certamente também pelos "escorregadores" que acabam sendo um atrativo para adultos e crianças. A trilha se inicia sem nenhuma marcação, á poucos metros após sair da PR-508 no sentido oeste da Estrada Velha do Cambará, perpendicular á rodovia. É comum relatos de pessoas que se basearam na recomendação do Google Maps, que os mandou para os fundos do Parque Águas Claras, local bem distante do começo da caminhada. A trilha é mais curta e possui uma maior variação de elevação, mas nada exaustivo. Ao se aproximar do salto, outras trilhas que se ligam ao rio aparecem, até que ao final da trilha chega-se a área acima do Salto do Tigre, uma extensa área de solo rochoso e onde se encontram os escorregadores, que culminam em um estreito poço. Mais acima, há uma plataforma que dá uma visão mais alta da área, mas não muito aberta. O Salto é acessado logo antes desta área, onde se desce e chega-se ao seu local, com uma piscina mais ampla que a superior e novamente muito convidativa para o mergulho. Assim como o Salto Parati, outro lugar magnífico para se conhecer, embora a presença humana, agora muito mais barulhenta e poluidora, neste caso, pela facilidade de acesso, fez muito mais questão de marcar presença.




                   









                 













Um rótulo de refrigerante Cini virando parte da flora local antes que eu pudesse alcança-lo