Pular para o conteúdo principal

Salto da Fortuna

 Em 2019, minha ida ao Escalvado/Morro do Boi seria pouco pela distância e pelo pedágio se não fosse acrescentada uma ida ao Salto da Fortuna, que ainda não conhecia. Como na época ainda tinha o costume de pesquisar pouco sobre os acessos ao local e preferir ir meio que ás cegas as vezes, fui confiando no que o Google Maps indicava como melhor acesso através da rodovia Curitiba-Paranaguá, no sentido Curitiba. Então após fazer o retorno no viaduto que dá acesso ao Pico X/Pilão de Pedra, chego na tal entrada e ela não me convence como segura e ideal. Muito tempo depois, quando surge um convite de acompanhar alguns amigos para o lugar descubro que realmente o caminho adequado é via Morretes, e até hoje não sei ao certo se aquele caminho, que evidentemente existe á partir dali, passa por cima do oleoduto por veículos adequados ou se alguma estrada não observável por satélite contorna o oleoduto e chega ao final da estrada que vem de Morretes.


 O Salto da Fortuna pertence ao Parque Estadual do Pau-oco, o tempo de ida da trilha pode variar entre 40 minutos e 1:30h e o rapel no local não é permitido. No domingo de Fevereiro de 2021 em que surge essa oportunidade, chegamos através de uma estrada de chão um tanto mal conservada e que possuía algumas dificuldades na época, talvez por conta da temporada de chuvas mas ainda acessível por veículos de altura "normal", até um estacionamento com uma área de camping muito interessante e estruturada. Mais adiante existem mais algumas possíveis boas áreas de camping, até chegar á uma base do IAP que colhe os dados dos visitantes. Ali a trilha começa pela área descampada do oleoduto por pouco menos de um quilometro, até uma entrada na mata á direita. Á partir dali, são cerca de 1.3km de trilha tranquila e com pouca variação de altitude e que tende á subir, e em certo ponto o calçamento de pedras do antiguíssimo Caminho do Arraial (caminho que antecedeu a existência do Caminho do Itupava entre o litoral e o planalto) aparece, tornando o caminho mais interessante do que uma mera ida á uma cachoeira. A trilha é bem larga na maioria do tempo e sem muitas preocupações, mas á atenção contra cobras deve ser constante, já que é uma trilha que é normalmente frequentada no verão.










Após 2km de trilha (desde o começo) chega-se á um local um pouco mais delicado, que consiste em atravessar o Rio Forquilha duas vezes, especialmente dependendo do nível da correnteza da água. No dia em que fomos ela realmente estava forte e os grupos se dividiram, um por cima e outro mais por baixo, onde eu fui na ida, e por cima na volta. Em ambos eles merecem bastante atenção e cooperação entre os presentes, especialmente em temporadas de chuvas. É inclusive um trecho pelo qual resume que não apenas a trilha deve ser evitada em dias seguintes á chuvas ou com previsão de chuva na região e no planalto acima, pelo grande risco de formação de trombas de água. Se o grupo não tiver problemas com uma tromba de água enquanto estiver no Salto da Fortuna, certamente terá no retorno ao chegar nessa passagem de rio, e muitos grupos já tiveram que ser resgatados após ficarem ilhados ali.
 E após cerca de 300 metros, chega-se ao Salto, e sua chegada é bem impressionante. sua aproximação se dá por rochas bem lisas e por alguns trechos onde é necessário entrar na água acima do joelho, e seu poço é fundo e merece muita cautela por quem arriscar nadar naquele ponto, sendo sempre muito desaconselhado nadar até se afastar dos pontos de apoio e chegar próximo á queda de água, além de evitar o consumo de bebidas alcóolicas. Essas e quaisquer outros cuidados devem ser tomados pois o local possui histórico de mortes (https://www.youtube.com/watch?v=bpT33XVDW-k)