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Morro do Lampião e Morro da Lagoa, Florianópolis

Feriado prolongado de 7 de Setembro de 2021 e estava em Floripa querendo tirar nomes da lista, sendo que no dia anterior tinha feito pela quarta vez a Lagoinha do Leste e o Morro da Coroa para mostra-la á amigos e para a companheira. A ilha tem diversos pontos de interesse, sempre de altitude modesta mas que guardam os melhores ângulos.  Saio antes de amanhecer do acampamento Mandala, próximo das dunas da Lagoa da Conceição, subo as curvas do mirante de carro e entro na estrada do Sertão do Assopro. Asfaltada até um ponto, dirijo até uma notável bifurcação á direita onde os tracklogs indicavam como a correta. Ali deixo o carro bem no canto, sendo que outro veículo ali provavelmente já dificultaria o tráfego de algum veículo maior. A caminhada chega até uma Rampa de voo livre com vista para a Lagoa da conceição, mas deixei-a para o retorno. A trilha até o Morro da Lagoa está alguns minutos antes dela, bem no canto de uma das curvas. Um caminho bem aberto e que sua elevação continua mas não tão alta permitiu chegar ao cume em ritmo de ataque de corrida. Em certo ponto chega-se á uma trifurcação em que se deve pegar á direita. Nas minhas pesquisas, tudo indica que o caminho á esquerda leva possivelmente á um cume com cuja alguma janela em direção ao continente não pude confirmar, e se seguir reto há diversas ligações entre bairros ao redor desta floresta mas que aparentemente não existem outros cumes ou mirantes tão notáveis. Seguindo á direita há um ganho de elevação um pouco mais íngreme, e percebe-se quando se está na parte mais alta e após um breve declínio chega-se á uma rocha onde a trilha se encerra. Todo esse percurso desde a trifurcação parece muito com uma versão reduzida da Pedra Branca do Ibitiraquire, no Paraná. A visão ali é muito bonita e recompensadora, ainda mais contando com o nascer do sol, mesmo que encoberto, que presenciei. Dali se vê a Barra da Lagoa e quase toda a Lagoa da conceição, até os morros mais ao norte da ilha como o das Aranhas e o dos Ingleses. A ida foi rápida, cerca de 25 minutos, chegando em 20 minutos á Rampa de Asa Delta na volta. Em ritmo mais tranquilo ou em maior grupo a trilha poderia levar de 40 minutos á uma hora.

















 Antes de outros compromissos ainda tinha tempo e no caminho do Morro do Matadeiro, passada rápida no Morro do Lampião, na região do Campeche. Ao sair da rua asfaltada, uns 100 metros de estrada de chão até uma área grande de terra. Deixo o carro ali e começo a subida, onde existe algumas casas no começo. A subida é por um caminho bem acidentado e um pouco mais íngreme, com algumas pedras soltas e solo mais liso. Subo também em ataque e em 10 minutos chego ao ponto mais alto, onde há uma antena e árvores altas ao redor. Identifico nos fundos dessa área 2 entradas, uma á direita e outra mais á esquerda, e sigo pela direita seguindo um registro de tracklog. Ali existem algumas trilhas secundárias, e após descer um pouco subo por um caminho á esquerda onde após contornar algumas rochas, chego á principal onde em uma extremidade há uma corda para auxiliar no começo da subida. No seu topo, uma vista panorâmica de toda a região ao redor só não é mais interessante pela falta de um dia com tempo mais favorável.













                                                                     Cambirela ao fundo

                                                                     Ilha do Campeche


                                                            Lagoa Pequena, Rio Tavares

                            Bem executado, mas ficaria melhor em paredes de um galpão abandonado


 Após isso, vou até o começo da trilha da Lagoinha do Leste ao sul da ilha, em ritmo insano subo até o cume cuja divisão com a trilha do Morro do Matadeiro, e após segui-la comendo todo espécie de teia de aranha e pulando toda árvore caída no caminho, avisto o Morro do Matadeiro distante e com muita dor reconheço que aquele pique era em vão pois o compromisso tinha hora e já estava perto. Missão abortada e aquele pique me jogou trilha abaixo só bastando a ética para não sair atropelando os turistas que subiam sentido oque já foi um dia a praia deserta de Lagoinha. No final da tarde, na companhia de amigos, vamos até o Rio Tavares explorar possibilidades para um futuro camping, atravessando dunas até a praia. Sorvetes e açaís, Pântano do Sul, e dali em diante, apenas ruídos no freio e percas.